Exames de IST: quais devem ser feitos e qual a periodicidade?
Muita gente não sabe como começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. Leia nosso post e saiba como se prevenir!
Você sabe o que é o HPV? Confira algumas das principais informações sobre esse vírus que pode ser transmitido até no parto.
Você já ouviu falar sobre ISTs? Essa sigla significa “infecções sexualmente transmissíveis” e aborda todas as doenças que podem ser passadas por meio das relações sexuais. Conhecê-las é fundamental para qualquer pessoa, seja ela sexualmente ativa ou não.
Cada IST tem a sua própria cara, ou seja, sintomas e consequências bem únicas. Hoje, teremos um papo sério sobre um dos vírus transmissíveis por meio do sexo, e que pode ser inofensivo, mas em alguns casos é muito perigoso: o HPV. Conhece esse termo?
Se a resposta foi negativa — ou caso você até saiba o que é o HPV, mas ainda tenha dúvidas sobre o tema —, vem com a gente! Vamos explicar tudo sobre ele e, também, trazer dicas importantes para a sua prevenção. Boa leitura!
É um vírus conhecido como papilomavírus humano. O seu nome — HPV — vem do termo em inglês human papillomavirus.1 Ele é transmitido por via sexual.
Há duas formas de transmissão do HPV. A primeira, e menos comum, é pelo parto. A segunda, pela relação sexual. Vale a pena salientar que a principal via de contaminação é o contato entre mucosas ou pele (de regiões como a vulva, o pênis ou a boca) de pessoas que já tenham o vírus.1 Ou seja: não há a necessidade de penetração, por exemplo, para que o micro-organismo se transmita.
Sendo assim, o bebê pode ser contaminado durante o parto por entrar em contato com as mucosas da mãe infectada pelo vírus. No caso da relação sexual, a transmissão pode se dar por meio de sexo vaginal, anal e oral. Há, inclusive, a possibilidade de contaminação pela masturbação, ou seja, a via manual-genital.1
O maior problema do HPV é o fato de que ele é, muitas vezes, uma doença assintomática. Assim, as pessoas não sabem que têm o vírus e o propagam por aí. Complicado, né?
Essa infecção é, como vimos, assintomática na maioria dos casos. Isso significa que ela não traz sintomas para as pessoas infectadas com o vírus. Os primeiros sinais podem levar meses ou anos (até 20 anos!) para aparecerem. 1
Quando aparecem, os sintomas são, normalmente, vistos em forma de verrugas e lesões variadas. Elas podem ser divididas em subclínicas — que não são vistas a olho nu, apenas com exames específicos — ou clínicas. 1
As lesões clínicas se manifestam em forma de verrugas bem características. Dê uma olhadinha em um exemplo clicando aqui.2 Os dois tipos podem aparecer em regiões como a vagina, o ânus, o pênis, os testículos, a virilha e o colo do útero. Mais raramente, afetam regiões distantes, como a laringe.1
As lesões causadas pelo HPV são bem inofensivas. Na maioria dos casos, o paciente afetado não sente nada com elas. Em outros, há uma pequena coceira na região, mas nada de dor ou incômodos muito graves.1 Até aí tudo bem, certo?
O problema, infelizmente, está na progressão da doença. O vírus pode causar lesões cancerígenas na região do colo do útero, área que se localiza no final do canal vaginal (sendo uma transição entre a vagina e o útero da mulher).1
E isso não é tudo. Os homens também podem desenvolver cânceres a partir do papilomavírus humano, como é o caso do câncer de cabeça e pescoço. Por isso, é importante diagnosticar o problema e preveni-lo da melhor forma possível.3
Ah, uma última informação: nem todos os tipos de HPV podem se transformar em câncer, ok?1 Ainda assim, a prevenção é o melhor remédio!
É hora de falarmos sobre prevenção! Quais seriam, afinal, as melhores maneiras de evitar a contaminação e a transmissão do HPV?
O primeiro método é a vacinação. O imunizante disponível no SUS é quadrivalente, protegendo contra dois tipos de vírus que podem causar câncer e outros dois que podem gerar verrugas genitais benignas.
O uso de preservativo em todas as relações sexuais é imprescindível para a prevenção de inúmeras infecções sexualmente transmissíveis. Além de ser uma barreira para o HPV na maioria dos casos, esse método previne doenças como AIDS, gonorreia, sífilis, clamídia e muito mais.
No caso da presença de lesões visíveis a olho nu, o diagnóstico é feito no exame clínico do paciente. Ou seja, o médico poderá identificar o problema apenas olhando para as verrugas, que são bem características. Ainda assim, poderá solicitar exames para não ter dúvidas!
No caso das lesões que não são visíveis a olho nu, o método de diagnóstico é a partir de exames laboratoriais. Outros métodos são a realização de exames preventivos, como o Papanicolau e a colposcopia.
O primeiro passo é manter a calma. Se você está por aqui por ter recebido um diagnóstico de HPV, é importante respirar fundo, obter informações e, acompanhada de um especialista, avaliar as opções. Como HPV pode ter um desfecho grave, isso exige manutenção e acompanhamento frequentes, ok?
Sendo assim, converse com o seu médico sobre o que fazer a seguir e, principalmente, sobre a frequência ideal para o acompanhamento do quadro. É provável que você precise fazer exames semestrais ou anuais para diagnosticar qualquer alteração logo no comecinho.
Depois, faça uma revolução no seu estilo de vida! Pratique exercícios, alimente-se e durma bem e mantenha a sua imunidade em dia. E, claro, utilize camisinha em todas as suas relações sexuais a partir de agora, mesmo se você tiver um parceiro fixo.
Por sinal, o seu parceiro fixo também deve fazer o teste para HPV e, caso ele venha negativo, investir nas vacinas para se proteger. Contudo, como sintomas podem se manifestar anos depois, o acompanhamento é importante.
Gostou de saber mais sobre as características e os métodos de prevenir o HPV? Agora, é hora de se conscientizar, né? Espalhe essas informações para todos que você conhece e inicie os cuidados para não pegar ou transmitir esse vírus por aí. Vamos nos cuidar, galera!
Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Então, conta para a gente nos comentários. Assim que possível, retornaremos com uma resposta!
Referências.
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