Exames de IST: quais devem ser feitos e qual a periodicidade?
Muita gente não sabe como começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. Leia nosso post e saiba como se prevenir!
O que significam as siglas PREP e PEP? Confira informações importantes sobre os tratamentos para HIV!
A história do vírus HIV em humanos, no mundo, começa na década de 1980. Os primeiros anos após a primeira infecção conhecida foram muito duros e complicados. Nessa época, ter o vírus era o mesmo que uma sentença de morte.
Hoje, no entanto, a situação é completamente diferente. A ciência fez muitos avanços referentes ao HIV e à doença do vírus manifestado, a AIDS. Atualmente, pacientes soropositivos (que tiveram contato com o agente viral) podem ter uma vida completamente normal.
Como isso é possível? A partir de estratégias como o PEP e o PrEP, tema deste conteúdo! Saiba como eles ajudam a tratar e prevenir a infecção pelo HIV. Boa leitura!
PEP é a sigla para profilaxia pós-exposição. Como o nome já diz, esse é um combo de medicamentos da classe dos antirretrovirais que tem como objetivo diminuir as chances de o vírus HIV se multiplicar em nosso organismo.
Para tomar os medicamentos, a pessoa não precisa ter contato comprovado com o vírus. Situações de risco já são o suficientes para que eles possam ser utilizados, como:
violência sexual;
relação sexual desprotegida e potencialmente perigosa;
acidentes no ambiente de trabalho com o envolvimento de perfurantes ou contato com fluidos;
realização de tatuagens, piercings ou aplicação de substâncias em ambientes sem a devida esterilização das ferramentas, entre outros.
A profilaxia pós-exposição deve ser utilizada o quanto antes, com o prazo máximo de 72 horas após a situação de risco. Os medicamentos são indicados por 28 dias seguidos, tempo considerado suficiente para evitar a replicação do DNA viral no organismo do indivíduo afetado.
Para ter acesso aos medicamentos, é importante que você se dirija ao atendimento médico mais próximo e peça orientações aos profissionais de plantão. Nem todos os estabelecimentos da área da saúde dispõem da PEP em estoque, mas eles poderão orientá-lo sobre o serviço mais perto de você. O seu fornecimento é gratuito e garantido pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Sim e não. Caso o indivíduo tenha entrado em contato com o vírus, o medicamento — se tomado de acordo com a orientação médica e até o final do tratamento — poderá neutralizar a carga viral e fazer com que o paciente previna a contaminação definitiva pelo HIV.
No entanto, a PEP não deve ser utilizada a longo prazo como prevenção. Esses são medicamentos fortes, utilizados apenas em situações específicas e emergenciais. Os melhores métodos de prevenção contra o HIV ainda são:
uso de camisinha em todas as relações sexuais;
evitar o compartilhamento de objetos perfurantes com outras pessoas;
realizar procedimentos como tatuagens apenas em ambientes seguros, entre outros.
PrEP, por sua vez, é a sigla para profilaxia pré-exposição. Essa é uma estratégia preventiva para o uso de medicamentos antes da possível exposição ao vírus ou comportamento de risco.
A combinação medicamentosa tem como objetivo bloquear a ação do vírus HIV em seu organismo. A ideia é fazer com que a pessoa não seja contaminada e o vírus não se replique, caso ela entre em contato com o microrganismo em algum momento.
As indicações para uso da PrEP são para grupos que se encontram em situação de risco para a contaminação, como:
homens que têm relações sexuais desprotegidas com outros homens;
profissionais do sexo;
pessoas que têm o hábito de fazer sexo desprotegido;
parceiros de pessoas que são HIV positivo, entre outros.
O uso da PrEP é contínuo. Caso você pare de tomar a medicação, o seu corpo ficará suscetível à infecção pelo vírus HIV.
Vale lembrar que os efeitos só começam a existir entre 7 e 20 dias após o início da medicação. Por isso, é necessário aguardar esse período para ter a eficácia garantida.
No caso de ambos, PEP e PrEP, é importante que a orientação para o uso dos medicamentos seja feita por um profissional da saúde. A PrEP também pode ser encontrada em serviços da área em todo o Brasil, sendo fornecida gratuitamente pelo SUS.
A diferença entre PEP e PREP está no objetivo dos tratamentos. Enquanto a PEP é indicada para pessoas que já tiveram exposição ao vírus — ou pelo menos talvez possam ter tido esse contato —, a PREP é indicada àquelas que têm comportamentos de risco e podem vir a contrair o agente viral em algum momento das suas vidas.
Boa parte das pessoas pode apresentar efeitos adversos quando o assunto é a PEP. Os mais comuns são:
náuseas e vômitos;
alterações gastrointestinais (diarreia, inchaço, presença de gás);
cansaço.
No caso da PrEP, o desarranjo intestinal também pode estar presente, assim como as náuseas e o vômito. Normalmente, esses sintomas passam com o tempo, mas, ainda assim, o paciente deve monitorar a saúde para evitar questões como alterações renais e ósseas.
Lembrando que sentir efeitos colaterais não significa que você deve abandonar o tratamento, mas sim fazer uso de estratégias que diminuam o desconforto ao longo do processo.
Sim. O uso do PEP ou PrEP não exclui a necessidade de visitas frequentes ao médico. No caso da profilaxia pré-exposição, por exemplo, o paciente deve fazer exames frequentes para avaliar como está a sua saúde, testagens constantes de HIV e, claro, voltar para garantir a sua medicação a cada 3 meses.
Já na profilaxia pós-exposição, o paciente precisa monitorar a saúde durante os 28 dias e até mesmo um pouco depois disso. Ele também passará por testagens frequentes e será monitorado para o surgimento de efeitos colaterais.
Gostou de saber mais sobre o PEP e PrEP? Essas são medidas de saúde pública importantíssimas e avanços concretos na luta contra o HIV. Mas lembre-se de que o uso de camisinha segue sendo orientado, ok?
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